O Clarim da Alvorada: a imprensa negra e o processo de reconfiguração da identidade cultural nas décadas de 1920 e 1930 em São Paulo
Resumo
O artigo tem como objetivo analisar a imprensa negra paulista, tendo o negro como sujeito histórico. A população negra nos anos 1920 e 1930 não tinha acesso ao voto, além disso, foi “empurrada” para os morros e periferias, sobrevivendo com a doutrina do racismo científico, somada a uma política de branqueamento. O jornal O Clarim da Alvorada, cuja primeira edição é de 06 de janeiro de 1924, é um exemplo de como a imprensa negra se posicionava diante desta sociedade racista. A base teórica integra a História da Imprensa e estudos de Cultura e Sociedade. O problema da pesquisa foi buscar entender como se deu a reconfiguração da identidade cultural do negro neste recorte. O método de pesquisa, portanto, tem por base um estudo de caso e a análise se justifica pelo fato de que O Clarim foi um dos mais importantes jornais da história da imprensa negra paulista e brasileira. Conclui-se que a cultura dentro das diferentes comunidades negras de São Paulo foi o grande elemento congregador da raça negra e, os espaços sociais (clubes, bailes, bares e ruas), se tornaram espaços culturais. É nessa lógica que temos o aparecimento de uma imprensa negra, particularmente jornais, que falava para e pelo negro.
Palavras-chave: Imprensa negra; Jornal O Clarim da Alvorada; História da comunicação; Resistência; Cultura.
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