COMPORTAMENTO SEXUAL DE RISCO E CONHECIMENTO SOBRE DST/AIDS DE ACADÊMICOS DA ÁREA DA SAÚDE

  • Daniela MOCELIN
  • Priscila Caroline da COSTA
  • Willian Barbosa SALES
  • Cristiano CAVEIÃO
  • Angelita VISENTIN
  • Bárbara REIS
  • Luis GUALDEZI
Palavras-chave: Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), AIDS, Estudantes de Ciências da Saúde, Comportamento Sexual

Resumo

A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), doença emergente de caráter pândemico, representa um dos maiores problemas de saúde, desde sua descoberta na década de 1980. A população de adultos jovens constitui a faixa etária mais susceptível e acometida pela doença, e as condutas sexuais relacionadas ao comportamento de risco mantêm-se como principal forma de transmissão do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). A análise de como os jovens conduzem sua vida sexual e seu conhecimento sobre as doenças sexualmente transmissíveis é um fator importante para o desenvolvimento de trabalhos preventivos e, há necessidade de convencer a população acadêmica de que qualquer pessoa está sujeita à contaminação por DST/AIDS. O objetivo foi identificar o comportamento de risco e nível de informação sobre DST/AIDS entre jovens estudantes da área da saúde. Foram entrevistados 218 alunos pertencentes ao curso de Enfermagem (50,4%) e Educação Física (49,6%), 68% são do gênero feminino. A média idade dos participantes é 27 anos; 96,78% são heterossexuais; 2,29% homossexuais e, 0,93% bissexuais. Em se tratando dos hábitos de vida, 89,4 % afirmaram não ser fumantes e 10,6% são fumantes, 43,5% fazem uso de bebida alcoólica e 56,5% não fazem uso. 3,7% afirmam serem usuários de drogas ilícitas. Quando questionados sobre uso de métodos contraceptivos 27,5% não utilizarem nenhum método; 46,2% usam pílula; 41,7% preservativo masculino; 19,3% utilizam outros métodos. Em relação aos exames 51,8% afirmam ter realizado exame anti HIV; 52,2% Anti Hbs ou VDRL. De todos os entrevistados a média de idade foi 16,5 anos para a primeira relação sexual; 44,9%, tiveram de 1 a 3 parceiros. Dentre os participantes, 77,9% afirmam não utilizar preservativos em todas as relações sexuais, apenas 40,4% usaram na última relação; 38,6% já mantiveram relação sob efeito de álcool e 9,7% sob efeito de drogas; 44,1% já mantiveram relação com pessoa pouco ou recentemente conhecida e 5,6% já mantiveram relação com pessoa do mesmo sexo. Quando questionados sobre DST, 96,7% afirmam saber o que significa; em relação à algumas doenças o percentual de pessoas que já ouviram falar sobre tal foi: AIDS 98,6%; HPV 86,6%; Cancro mole 50%; Clamídia 44%; Gonorreia 85,3%; Hepatites 69,7%; Herpes 88,9%; Sífilis 92,2%; Tricomoníase 43,5%. Há necessidade da realização de estudos que abordem de forma mais ampla as práticas sexuais frente ao conhecimento dos estudantes sobre riscos do HIV/AIDS para que se possa conhecer o perfil deles e realizar ações preventivas.
Publicado
2016-04-18

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