O PODER DA PALAVRA EM CONDENAÇÃO DE INOCENTES POR CRIMES COMETIDOS

  • Andrea Paulico Paulico Unibrasil
  • Thaysa Prado Ricardo dos Santos UNIBRASIL
Palavras-chave: Poder, Palavra, Condenação, Inocentes, Crimes

Resumo

Estudo das relações entre o Poder, Palavra, Condenação, Inocentes e Crimes, o mesmo se insere junto à possibilidade de estudar a Condenação de Inocentes por Crimes Cometidos e tentar justificar porque a palavra é tão importante para a condenação mesmo tendo a certa da inocência. O objetivo desse estudo é problematizar, interpretar as relações entre a palavra, condenação, inocentes e crimes no sentido de questionar porque as palavras se tornam tão importantes para conseguir condenar um inocente por um crime que não cometeu. A investigação se dará em torno de projeto coletivo envolvendo pessoas da região de Curitiba que foram condenadas injustamente por crimes de 2008/2019. Essa investigação será parte de um projeto de monografia ou artigo a ser desenvolvido acerca as relações entre o Poder, Palavra, Condenação, Inocentes e Crimes tendo como foco específico a condenação de inocentes por crimes entre 2008/2019. A palavra no direito é muito importante, ela irá interferir em todas as partes de um processo como a memória das pessoas envolvidas, tanto na parte escrita, audiências e júri (aqui a memória está mais longe do acontecimento). Porém, a vida de uma pessoa não pode simplesmente ser julgada pelo o que umas pessoas falam, dizem ter visto ou escritas julgando ser certas. A memória não é a capacidade de guardar e acumular informações e lembranças com precisão, a memória é o processo de reelaboração de informações e experiências de vida, porém num processo que demora anos e essa memória pode acabar sendo afetada com o passar dos anos. É também sabido que direito penal sempre terá que ser usado em ultima ratio, e a condenação de uma pessoa em que não tiver a certeza da culpa, temos que usar o in dubio pro reo, na dúvida deve-se favorecer ao réu, e não condenar o inocente por um crime que não foi cometido por ele.

Publicado
2020-01-20