PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES ATENDIDOS PELO SERVIÇO DE FISIOTERAPIA PÓS COVID DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR DA CIDADE DE CURITIBA PR

  • Denise Santos Unibrasil
  • Fernanda Prestes dos Santos UniBrasil
  • Danieli Isabel Romanovitch Ribas UniBrasil
Palavras-chave: COVID-19, Fisioterapia; Epidemiologia.

Resumo

INTRODUÇÃO: O novo Coronavírus (SARS-CoV-2) faz parte de um grupo de vírus responsáveis por causar síndromes respiratórias agudas que podem variar de sintomas leves a condições graves. Embora as sequelas pós-COVID-19 sejam mais comuns em pacientes que desenvolveram a forma grave, indivíduos com doença moderada e que não necessitam de hospitalização também podem ter algum grau de comprometimento funcional. JUSTIFICATIVA: Os impactos do pós-COVID -19 a curto e a longo prazo necessitam ser observados e estudados, a fim de prevenir complicações e atenuar as sequelas já existentes, desta forma, a realização deste estudo proporciona maior conhecimento à respeito da doença e suas sequelas, permitindo novas abordagens preventivas e terapêuticas para as condições encontradas. OBJETIVO: Determinar o perfil epidemiológico dos pacientes pós - COVID 19 atendidos pelo serviço de Fisioterapia de uma instituição de ensino superior privada na cidade de Curitiba/PR, DESENVOLVIMENTO DA INVESTIGAÇÃO: Estudo transversal, aprovado pelo CEP sob parecer 5.289.730, realizado na Clínica Escola de Fisioterapia de uma instituição de ensino superior privada na cidade de Curitiba/Pr, por meio, da análise de todos os prontuários dos pacientes pós-COVID, no período de março 2021 à março de 2022, que estavam de acordo com os critérios de inclusão e exclusão do estudo. Foram coletados, os dados demográficos, tipo de internamento e dados da avaliação fisioterapêutica (teste de caminhada de seis minutos, peak flow, manovacuometria) no período da admissão dos pacientes. RESULTADOS: Foram analisados 57 prontuários, destes, nove foram excluídos. Por tanto, a amostra foi constituída por 48 prontuários de pacientes de ambos os sexos, 47,93 ± 13,49 anos, com predomínio feminino (58%). Seis pacientes eram idosos, um era criança e 41 adultos, residentes, na sua grande maioria, na regional Boa Vista. Dos 48 pacientes analisados, 60% precisaram de internamento, sendo 44% em enfermaria e 23% em UTI, 25% necessitaram de ventilação mecânica não invasiva, 8% ventilação mecânica invasiva, 31% fizeram uso de oxigênio e 13% traqueostomia. Em relação aos comprometimentos encontrados, foi observado maior predomínio de doenças pulmonares, seguido de comprometimentos musculares. Em relação aos testes de avaliação fisioterapêutica, 81% realizaram o teste de caminhada de 6 minutos e 88% o teste peak flow, destes, 35,89% e 52,38% respectivamente estavam abaixo do valor predito. Em relação a manovacuometria, 69% dos pacientes foram elegíveis para sua realização e 72,72% estavam abaixo do valor predito para a pressão inspiratória máxima e 93,93% para a pressão expiratória máxima. CONCLUSÃO: Com a realização deste estudo foi possível verificar que as alterações pulmonares foram predominantes, a população que mais procurou o serviço foi a feminina e em relação a funcionalidade a musculatura respiratória mostrou maior comprometimento.

Referências

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Silva, Rodrigo Marcel Valentim da e Sousa, Angelica Vieira Cavalcanti deFase crônica da COVID-19: desafios do fisioterapeuta diante das disfunções musculoesqueléticas. Fisioterapia em Movimento [online]. 2020, v. 33 [Acessado 27 Outubro 2021].
Publicado
2022-11-28
Seção
Fisioterapia