SAÚDE BUCAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL - UMA REVISÃO DE LITERATURA

  • Bianca Caroline Cordeiro de Oliveira UniBrasil
  • Giselle Emilãine da Silva Reis
  • Gisele Marchetti
  • Romeu Cassiano Pucci da Silva Ramos
  • Jullyana Mayara Preizner Dezanetti Hermeling
  • Ronaldo Carmona de Souza
Palavras-chave: SAÚDE BUCAL, DEFICIÊNCIA INTELECTUAL, INDICADORES DE SAÚDE BUCAL

Resumo

O acesso à saúde é desigualmente distribuído, sendo esse contexto agravado para pessoas com deficiência intelectual, o que gera maior prevalência de determinadas doenças crônicas nessa população. Existem evidências de que pessoas com deficiência intelectual possuem piores condições de saúde bucal. Muitas características inerentes as deficiências podem contribuir para um risco aumentado de doenças bucais, essas incluem: taxas elevadas de pobreza, incapacidade de realizar corretamente as atividades da vida cotidiana, desafios motores que interferem na habilidade de coordenar ações e uso de medicamentos que afetam a saúde bucal. Frente às circunstâncias apresentadas, o propósito deste trabalho foi revisar a literatura acerca de programas de capacitação em higiene bucal destinados a indivíduos com deficiência intelectual e a influência desses em relação a indicadores relacionados à saúde periodontal. Foram utilizadas as bases de dados Scielo e Pubmed, os critérios de inclusão foram estudos sobre o tema publicados nos últimos 15 anos, no idioma inglês ou português. Ao total, foram encontrados 309 estudos, dos quais 82 foram excluídos pois estavam duplicados, 29 por não estar em inglês ou português, 24 que não estavam entre os anos de 2010-2022, por não disponíveis na integra on-line, 75 por serem relato de caso e 43 após leitura do resumo por incompatibilidade com o tema, resultando em 10 artigos incluídos nesse estudo.Os resultados mostram que os pacientes com doença intelectual possuem índices de doença periodontal mais elevados (IHOS regular – média 1,25), alto índice de cárie (CPO-D: 11, considerado muito alto), maior susceptibilidade à maloclusão (mais prevalente a mordida cruzada posterior bilateral) e a maloclusão do tipo Classe III. Os desfechos revelam uma lacuna significativa que demanda a implementação de iniciativas educacionais voltadas à saúde bucal para o público com deficiência intelectual. Além disso, constata-se que esses indivíduos apresentam taxas substancialmente superiores de doença periodontal, em comparação àqueles que não possuem deficiência intelectual.

Publicado
2023-11-01
Seção
Odontologia

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