EFICÁCIA DO TREINO DE EQUILÍBRIO EM PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON E PARKINSONISMO

  • Geovana Larissa Wagner Unibrasil
  • Franciele Rempel Mayer
  • Silvia Aparecida Ferreira Peruzzo
Palavras-chave: Fisioterapia; Doença de Parkinson; Equilíbrio; Reabilitação.

Resumo

Introdução: A Doença de Parkinson e o Parkinsonismo são condições que afetam principalmente o controle motor, manifestando-se por tremor, rigidez, bradicinesia e alterações na marcha, comprometendo de forma significativa a funcionalidade e a independência dos indivíduos. Considerando que o equilíbrio postural é essencial para prevenir acidentes e preservar a funcionalidade, intervenções fisioterapêuticas específicas, como o treino de equilíbrio, podem contribuir para a melhora da marcha e da estabilidade. Justificativa: A alta prevalência de distúrbios do equilíbrio em indivíduos com Doença de Parkinson e Parkinsonismo institucionalizados demanda estratégias terapêuticas eficazes que promovam a autonomia e reduzam o risco de quedas, impactando positivamente na qualidade de vida dessa população. Objetivo: Avaliar a eficácia de um programa de treino de equilíbrio sobre a qualidade da marcha, equilíbrio e funcionalidade de indivíduos com Doença de Parkinson e Parkinsonismo institucionalizados. Desenvolvimento da investigação:  Estudo experimental, tipo ensaio de campo com relato de casos, envolvendo seis participantes residentes em uma instituição de longa permanência na cidade de Curitiba, com idade entre 60 e 100 anos, nos estágios 0–3 da Escala de Estadiamento Hoehn & Yahr modificada, capazes de permanecer em ortostatismo, deambular e colaborar com os exercícios, que não apresentassem instabilidade hemodinâmica, uso de órteses ou cadeira de rodas, comprometimentos motor limitantes, e dor intensa. A intervenção consistiu em 10 sessões fisioterapêuticas, realizadas em grupo de forma simultâneo, com frequência de três vezes por semana durante cinco semanas consecutivas. As ferramentas de avaliação utilizadas foram: Timed Up and Go, Teste de Tinetti, Escala de equilíbrio de Berg e de Borg, além da aferição dos dados vitais. O protocolo de reabilitação foi baseado em cinesioterapia motora global ativa e ativo-resistido, além de exercícios para estimular o equilíbrio estático e dinâmico. Resultados: Observou-se melhora no equilíbrio estático e dinâmico, com base nos resultados nos testes de Berg (17%) e Tinetti (10%), além da redução de percepção de esforço, segundo a Escala de Borg. Os resultados obtidos no Timed Up and Go (50%), indicaram melhora no desempenho das atividades propostas, evidenciando maior mobilidade funcional e menor risco de quedas. Em relação aos dados vitais, constatou-se melhora da saturação periférica de oxigênio. Considerações Finais: O treino de equilíbrio contribuiu para melhora do controle postural, da tolerância ao exercício e de alguns parâmetros fisiológicos, conforme evidenciado nos achados clínicos deste estudo.  Os resultados sugerem a necessidade de futuras intervenções com um número maior de participantes, a fim de ampliar a validade dos achados.

Referências

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Wibelinger LM. Fisioterapia em Geriatria. 1st ed. Rio de Janeiro: Thieme Revinter; 2015.
Publicado
2025-12-12
Seção
Fisioterapia

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