A MONITORIA ACADÊMICA NA FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Resumo
O ensino superior brasileiro passou por distintas reformas em sua estrutura, na qual destaca-se a Reforma Universitária de 1968, endossada pela lei nº 5540/1968, que fixou as normas de organização e funcionamento do ensino superior e sua articulação com a escola média. Com base nesta lei, criou-se a função de monitor de disciplinas nas universidades, com vistas à seleção de discentes que demonstrassem capacidade de desempenho em atividades técnico-didáticas de disciplinas curriculares. Assim, inúmeras instituições de ensino superior elaboraram programas institucionais de monitoria com intuito de aproximar a teoria e a prática, em peculiar, os cursos de graduação em Enfermagem, uma vez que a formação do profissional enfermeiro solicita empenho por conta da complexidade da prática profissional requerida, para além da promoção de atividade formativa e pedagógica. Deste modo, o objetivo deste trabalho é relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem que atuaram no Programa Institucional de Monitoria (PROIM) de uma instituição de ensino superior privada de Curitiba – PR, em uma disciplina instrumentalizadora. O objetivo do PROIM é desenvolver o discente ao magistério, além de desenvolver as habilidades em ambiente acadêmico, prestando auxilio ao docente em atividades do cotidiano, atualizando aulas, preparando o laboratório para as aulas práticas e acompanhando os demais nas atividades de contraturno. O desenvolvimento do acadêmico como monitor do curso de graduação em Enfermagem possibilitou o desenvolvimento de inúmeras habilidades, conferindo destreza manual e psicomotora, ampliação do conhecimento teórico-científico e aperfeiçoamento do raciocínio crítico-reflexivo. Os aspectos positivos presente nas alocuções dos alunos são os esclarecimentos de dúvidas e desenvolvimento de maior habilidade. Em contrapartida, os aspectos limitantes dizem respeito a pouca disponibilidade de horários. Outro olhar possível a ser feito pelo monitor, é que ele se apropria inúmeras experiências de ensino e aprendizagem, das quais os enfermeiros inseridos no processo de trabalho ensinar perpassam, sendo possível conhecer elementos inerentes a esta atuação. Para além, a co-responsabilidade com o discente que solicita a monitoria é fator notório, haja visto o compromisso e possibilidade de juntos reforçarem a necessidade, tão urgente em nossa época, de reflexão sobre a aquisição e formação de uma postura ética, profissional e crítico-reflexiva frente as atividades inerentes à prática profissional. Por fim, a monitoria é considerada uma ferramenta que facilita os desenvolvimento teórico-prático tanto de discentes como discentes monitores.
