ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NAS DISFUNÇÕES SEXUAIS DE MULHERES JOVENS/ ADULTAS – REVISÃO DE LITERATURA

  • Natália Carolaine Pereira Centro Universitário Autônomo do Brasil
  • Gabriela Centro Universitário Autônomo do Brasil
  • Sandra Dias de Souza
Palavras-chave: Dispareunia; disfunção sexual; anorgasmia; fisioterapia pélvica; saúde da mulher.

Resumo

A disfunção sexual nas mulheres é definida como a dificuldade de completar ou iniciar o ato sexual, interferindo diretamente em vários aspectos da sua vida. (Barracho, 2018). A prevalência epidemiológica da disfunção sexual em mulheres no Brasil é muito presente, onde se justifica a necessidade de se investigar a atividade sexual das pacientes com a criação e a validação de instrumentos capazes de facilitar essa investigação assim como tratamentos eficazes. (Abdo, 2009).  Diversas terapêuticas são utilizadas para o tratamento, sendo a fisioterapia uma delas. Diante disto, torna-se necessária a busca por evidências científicas para, posteriormente, determinar as condutas a serem utilizadas no processo de redução de tais situações. Por isto, este estudo tem o objetivo, por meio de uma revisão da literatura, identificar as principais disfunções sexuais e a atuação fisioterapêutica proposta em mulheres jovens/ adultas nestas disfunções. O estudo trata-se de uma revisão bibliográfica baseada na análise da literatura já publicada em forma de artigos em periódicos científicos nos bancos de dados on-line Scielo, Pubmed e Lilacs, publicados nos últimos 5 anos, entre os anos de 2016 e 2020, que encontrem se na íntegra e na língua portuguesa, utilizando como descritores: disfunção sexual; fisioterapia pélvica; saúde da mulher. Excluídos artigos incompletos ou sem resumo. Após a coleta de dados, obteve-se um total de 124 artigos, sendo Scielo (109), Pubmed (4) e Lilacs (11). Em relação às intervenções fisioterapêuticas, 49 artigos dentre o total de 124 contemplaram a temática estabelecida. Das 49 publicações pré-estabelecidas, foram excluídas 34 publicações. Dentre os estudos as principais disfunções sexuais citadas foram o vaginismo e a dispareunia. Em relação a metodologia 3 artigos eram de revisão da literatura; 3 de revisão sistemática; 2 casos clínicos; 1 estudo pragmático; 5 estudos randomizados e controlados; 1 avaliação qualitativa; 1 análise de dados e 1 observacional transversal; sendo alguns deles com duas metodologias das citadas. Dentre os artigos, 3 estudos relacionaram o tratamento fisioterapêutico multimodal, correlacionando a eletroestimulação, biofeedback e a cinesioterapia; 4 estudos mostraram a eficácia do tratamento e reabilitação do assoalho pélvico em relação à melhora das disfunções sexuais, também correlacionando à cinesioterapia; 2 estudos relacionam a cinesioterapia com a aplicação da toxina botulínica; 1 estudo sobre os benefícios da aplicação do TENS no nervo genital e tibial posterior e 1 estudo sobre os benefícios da terapia manual. Dos 15 artigos encontrados no estudo, 14 se mostraram efetivos em relação ao tratamento fisioterapêutico e 1 se mostrou ineficaz em relação a aplicação da toxina botulínica com a junção da cinesioterapia. No entanto, todos os estudos apresentaram melhora dos sintomas associados às disfunções sexuais, demonstrando os benefícios e atuação da fisioterapia, sendo o tratamento multimodal mais benéfico.

Referências

Abdo, C.H.N., Quociente sexual feminino: um questionário brasileiro para avaliar a atividade sexual da mulher. Rev Diagn Tratamento, São Paulo, v.14 n. 2 p. 89-1, 2009.

Baracho, E., Fisioterapia aplicado à saúde da mulher. 6. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan Ltda, 2018.
Publicado
2021-11-19
Seção
Fisioterapia