PREVALÊNCIA DE INCONTINÊNCIA URINARIA EM MULHERES USUÁRIAS DO SISTEMA UNICO DE SAUDE DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA

PREVALENCIA DE INCONTINENCIA URINARIA EN MUJERES USUARIAS DEL SISTEMA ÚNICO DE SALUD EN LA REGIÓN METROPOLITANA DE CURITIBA

  • Renata De Campos Branco
  • Gabriella Garcia Noal
  • Sandra Dias de Souza
Palavras-chave: Perda Urinaria, Fisioterapia Pelvica, Saude Mulher

Resumo

Introdução: A incontinência urinária, uma questão de saúde pública, resulta na perda involuntária de urina devido a fraqueza do assoalho pélvico causada por fatores como envelhecimento, lesões perineais ou sobrepeso, afetando negativamente a vida pessoal e profissional dos indivíduos. Justificativa: O conhecimento sobre características e frequência de casos existentes fortalecerá o sistema e a atuação dos profissionais de saúde. Objetivo: Identificar a prevalência de incontinência urinária em mulheres usuárias do SUS através de suas queixas e relatos. Desenvolvimento: A pesquisa é um estudo de campo, de caráter exploratório, aprovada pelo Comitê de Ética número CAAE 78446524.0.0000.0095, abordando uma população de mulheres acima de 20 anos, usuárias do Sistema Único de Saúde em uma cidade da região metropolitana de Curitiba, Paraná. QueA coleta de dados está sendo realizada presencialmente, com permanência de sete dias em cada unidade, com previsão de término em novembro de 2024. Concluída a coleta em uma das doze unidades de saúde, abordando as usuárias que aceitem de forma voluntária a participarem, posteriormente assinando o termo de compromisso livre esclarecido. Como instrumento de coleta são utilizados entrevista e questionário, contendo questões sociodemográficas e principais queixas relacionadas à perda urinária, ambos baseados em referências bibliográficas. A coleta é realizada em sala individual, garantindo que não haja influência ou interpretação de acompanhantes. Resultados parciais; O estudo coletou até o momento dados de 42 mulheres, em uma das doze unidades de atendimento, com uma população de idades distintas,12,4% entre 20-30 anos; 11,9% com 40 anos, 28,5% entre 45-50 anos e 38,1% acima de 60 anos. Nível de escolaridade maioria ensino médio, renda entre 1 e 2 salários-mínimos, sem casa própria, maioria com filhos, tipos de partos em maior número, 69%. Questões ginecológicas, 50% cirurgia de períneo, 7% nunca realizaram consultas ginecológicas. Entre as patologias citam já possuírem Diabetes Melittus tipo II; 26,2 % e Hipertensão Arterial Sistêmica: 38,1%. Hábitos de vida, maioria 85,7% negam tabagismo, 7,1% negam elitismo e 68% sedentárias. Sobre sinais e sintomas urinários, verificou-se 100% apresentando sintomas de incontinência urinária, com diferentes padrões de queixas, 15% escapes urinários noturnos, 20% associada ao levantamento de peso, 7% durante tosse e espirros, 6% sensação de estar com vestimenta úmida durante o dia. Quando questionadas, não associavam esses sintomas à incontinência urinária. Com baixo conhecimento e compreensão sobre o tema, expressando vergonha do assunto. Considerações finais: O estudo ainda se apresenta em andamento, revelando que a maioria dos participantes apresenta queixas de incontinência urinária, mas falta orientação e conhecimento sobre o problema. A continuidade do estudo é crucial para desenvolver uma base de conhecimento mais adequada e atingir os objetivos propostos.

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Publicado
2024-10-24
Seção
Fisioterapia