Onde há representação queres reconhecimento.
Resumo
Nota-se corriqueiramente nos discursos e nas críticas aos conteúdos culturais ou publicitários o argumento de que “representatividade importa”. A discussão, no entanto, não se limita à presença e participação das minorias nos espaços, mas como elas são representadas e os impactos sociais gerados são elementos a ser considerados. O que é reivindicado não é apenas representatividade, mas reconhecimento. Tendo isso em vista, pretende-se aqui realizar um ensaio reflexivo a partir da Teoria do Reconhecimento, como desenvolvida pelo autor alemão da Escola de Frankfurt, Axel Honneth, suas limitações para o caso brasileiro e os impactos das novas tecnologias sobre as relações e formas de construção da subjetividade que não estão somente corporificadas no espaço de tempo presente. Para compreender essa questão, será discutido primeiramente os alicerces teóricos em que se firma a Teoria do Reconhecimento em Axel Honneth. Num segundo momento pretende-se debater a própria teoria e, por último fazer um exercício empírico sobre a questão racial, a mídia, a publicidade e o reconhecimento no Brasil da última década.
Palavras-chave: Representação; Reconhecimento; Escola de Frankfurt; Negros; Televisão.
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