FREQUÊNCIAS ALÉLICAS E HAPLOTÍPICAS DE GENES HLA EM DOADORES DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOIÉTICAS CADASTRADOS EM LABORATÓRIO DO PARANÁ

Conteúdo Principal do Artigo

Jade Laís Mayer Leite
Joselito Getz
Luciana Nasser Dornelles

Resumo

O sucesso do transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) depende de medidas eficientes que possibilitem a prevenção da doença do enxerto-contra-hospedeiro e da compatibilidade HLA entre doador e receptor. O Laboratório de Imunogenética (LI) do Complexo do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (CHC-UFPR) realiza a genotipagem dos genes HLA e também a pesquisa de anticorpos anti-HLA antes da realização do TCTH. O objetivo deste trabalho é determinar as frequências alélicas e haplotípicas dos loci HLA de classe I e II e o desequilíbrio de ligação entre os genes HLA em doadores aparentados e não aparentados cadastrados no banco de dados do LI do CHC-UFPR, para auxiliar na busca de doadores, facilitando o processo de seleção, assim como na conferência de resultados complexos na pesquisa de anticorpos anti-HLA. As frequências alélicas foram calculadas por contagem direta. As frequências haplotípicas foram inferidas pelo algorítimo ELB e foi estimado o desequilíbrio de ligação (D’) entre os genes. Os grupos alélicos dos genes HLA de classe I e II de maior frequência encontrados nesta população foram, respectivamente: HLA-A*02, B*35, C*07, DRB1*07, DQB1*03 e DPB1*04. Os alelos dos genes HLA de classe I e II de maior frequência nesta população foram: HLA-A*02:01, B*07:02, C*04:01, DRB1*07:01, DQB1*03:01 e DPB1*04:01. Os haplótipos de maior frequência foram A*02-B*44, A*01-B*08-C*07, A*01-B*08-DRB1*03 e DQB1*03-DPB1*04. As frequências encontradas foram disponibilizadas à equipe do LI, a fim de contribuir para a compreensão da amostra presente na base de dados, assim como em resolução de possíveis resultados complexos em exames realizados.

Detalhes do Artigo

Como Citar
Mayer Leite, J. L., Getz, J., Nasser Dornelles, L., & Oliveira, L. A. de. (2023). FREQUÊNCIAS ALÉLICAS E HAPLOTÍPICAS DE GENES HLA EM DOADORES DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOIÉTICAS CADASTRADOS EM LABORATÓRIO DO PARANÁ. Cadernos Da Escola De Saúde, 23(2), 34-50. https://doi.org/10.25192/issn.1984-7041.v23i26906
Seção
Artigo Original

Referências

1. Voltarelli JC, Stracieri ABPL. Aspectos imunológicos dos transplantes de células tronco hematopoiéticas. Simpósio: Transplante de Medula Óssea – 2ª parte, capítulo XII. Ribeirão Preto; 2000. 443 p.
2. Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME). O que é o transplante de medula óssea. [Acesso em 23/03/2017]. Disponível em: http://redome.inca.gov.br/medula-ossea/o-que-e-o-transplante-de-medula-ossea/
3. Meinerz C, Chagas M, Dalmolin LC, SilveiraMDP, Cavalhero F, Ferreira LAP, et al. Avaliação do percentual de compatibilidade HLA entre membros da mesma família para pacientes à espera de transplante de medula óssea em Santa Catarina, Brasil. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. 2008;30(5): 359-362.
4. Instituto Nacional de Câncer (INCA). Perguntas e respostas sobre transplante de medula óssea. Disponível em: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/orientacoes/site/home/perguntas_e_respostas_sobre_transplante_de_medula_ossea. Acesso abril/2017.
5. Oliveira, RAF. Antígenos Leucocitários Humanos (HLA) na avaliação imunológica para seleção de receptor-doador para transplantes [tese]. Pós-Graduação em Bioinformática, Instituto de Ciências Biológicas, Universidade Federal de Minas Gerais. 2014; p.9.
6. Zago MA, Falcão RP, Pasquini R. Hematologia: fundamentos e prática. São Paulo: Atheneu; 2013.
7. Abbas AK, Lichtman AH. Imunologia Básica: Função e Distúrbios do Sistema Imunológico. 3ed. Rio de Janeiro: Elsevier; 2009.
8. Pereira NF, Oliveira DCM, Torres M, Rodrigues CA, Alencar ISB, Salomão I, et al. Seleção de doador de medula óssea ou sangue periférico. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. 2010; 32(Suppl 1): 03-05.
9. Santis D, Dinauer D, Duke J, Erlich HA, Holcomb CL, Lind C, et al. 16IHIW HLA typing by NGS: Workshop review. Int J Immunogenet. 2013; 40 (Suppl 1): 72-76.
10. Torres M, Oliveira DCM, Pereira NF, Alencar ISB, Rodrigues CA, Salomão I, et al . Seleção de doador não aparentado. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. 2010; 32(Suppl 1): 06- 07.
11. Morin-Zorman S, Loiseau P, Taupin J-L, Caillat-Zucman S. Donor-Specific Anti- HLA Antibodies in Allogeneic Hematopoietic Stem Cell Transplantation. Front.Immunol. 2016; 7:1.
12. Liwski RS, Greenshields AL, Bray RA, Gebel HM. Becoming a chef in the human leukocyte antigen kitchen: interpretation and modification of human leukocyte antigen– antibody assays. Current Opinion In Organ Tranplantation. 2017; 22(4): 1-3.
13. Excoffier L, Lischer HEL. Arlequin suite ver 3.5: A new series of programs to perform population genetics analyses under Linux and Windows. Molecular EcologyResources. 2010; 22:564.
14. AlleleFrequencies in WorldwidePopulations. disponível em: http://http://www.allelefrequencies.net/default.asp. Acesso em junho/2018.
15. Ruiz, TM. A estrutura organizacional do Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME) e o perfil HLA de doadores voluntários de Curitiba. [monografia]. Curso de Ciências Biológicas, Departamento de Genética da Universidade Federal do Paraná. 2004; p.4.
16. Harada, NY. Imigração Japonesa na fotografia. Memórias e sociabilidades. [monografia]. Curso de História, Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Paraná. 2013; p.21
17. Ruiz TM, Costa SMCM, Ribas F, Luiz PR, LIMA SS, BICALHO MG. Human Leukokyte Antigen Allelic Groups and haplotypes in a Brazilian Sample of Volunteer Donors for Bone Marrow Transplant in Curitiba, Paraná, Brazil. Transplantation Proceedings. 2005; p.2293-95.
18. Roque LS, Junior RT, Loffredo LCM. Genetic diversity among volunteer donos of boné marrow in southeastern Brazil, according to the HLA system. São Paulo Med J. 2014;132(3). p.159-60.
19. Bortolotto AS, Petry MG, Silveira JG, Raya ARF, Fernandes SR, Neumann J, et al. HLA-A, -B and –DRB1allelic and haplotypic diversity in a sample of boné marrow volunteer donos from Rio Grande do Sul State, Brazil. Human Immunology. (73). 2012; p.180-5.
20. Nakaoka H, Mitsunaga S, Hosomichi K, Shyh-Yuh L, Sawamoto T, Fujiwara T. Detection of Ancentry Informative HLA Alleles Confirms the Admixed Origins of Japonese Population. PLoSONE. 8(4). 2013; 1-5.
21. Tu B, Mack SJ, Lazaro A, Lancaster A, Thomson G, Cao K, et. al. HLA-A, -B, - DRB1 allele and haplotype frequencies in an African American population. Tissue Antigens. 2007. p.76-8.
22. Vina MAF, Hollenbach JA, Lyke KE, Sztein MB, Maiers M, Klitz W, et.al. Tracking human migrations by the analysis of the distribution of HLA alleles, lineages and haplotypes in closed and open populations. Phil Trans R Soc B. (367).2012; p.820-22 23.
23. Ridley M. Evolução. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
24. Oliveira IB. Desequilíbrio de ligação e análise de seleção genômica em cana-de- açucar. [dissertação]. Pós-graduação em Genética e Melhoramento de Plantas, Universidade Federal de Goiás. 2014; 21-24.
25. Rede Brasil de Imunogenética. Disponível em: http://imunogenetica.org/. Acesso em junho/2018.
26. Kawashima M, Ohashi J, Nishida N, Tokunaga K. Evolutionary Analysis of Classical HLA Class I and II Genes Suggests That Recent Positive Selection Acted on DPB1*04:01 in Japonese Population.PLos ONE. 7(10). 2012; 3-5.
27. Baisch J.M, Capra JD. Linkage Disequilibrium within the HLA Complex does not extend into HLA-DP. Scand J Immunol. 37. 1993; p.449-502.