ANESTESIA EM PEIXES: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OS FÁRMACOS MAIS UTILIZADOS NO BRASIL
Resumo
A medicina de animais silvestres, conhecida como Medicina Zoológica, é uma área em expansão no Brasil, considerando o interesse da população em manter animais exóticos com pets e a expansão de atividades de conservação em zoológicos e centros de manutenção da fauna. A sedação é uma conduta comum na rotina veterinária em atendimento a peixes, sejam ornamentais, sejam de cultura, por minimizar estresse e lesões cutâneas e fisiológicas oriundas da manipulação em diversos procedimentos clínicos e cirúrgicos. Para a maioria das espécies é comum a utilização de fármacos derivados do éter e da cocaína, como o isofluorano e a lidocaína, por seu baixo custo e eficiente indução anestésica. Porém, sabe-se que substâncias sintéticas costumam causar efeito irritativo em peixes, especialmente nas regiões de mucosas e córneas, podendo ocasionar severas lesões, especialmente pois para esses animais aquáticos o anestésico costuma ser diluído em água e não administrado via intravenosa ou inalatória como em vertebrados terrestres. Substâncias extraídas de vegetais têm sido uma solução eficiente, segura e de rápida recuperação para peixes de diversas espécies, em especial o eugenol, extraído do óleo de cravo, e o mentol, retirado da folha da menta. O primeiro, em especial, em testes clínicos demonstrou rápida indução e igualmente veloz recuperação anestésica em baixas concentrações, apresentando um ótimo custo-benefício. A benzocaína apresenta ainda maior eficiência na recuperação pós-anestésica, porém possui a desvantagem de ser residual em musculatura por longo período, exigindo um intervalo de 21 dias para que a carne esteja apta para consumo.
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