IMPASSES ALIMENTARES INFANTIS: CONSIDERAÇÕES PSICANALÍTICAS
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Resumo
Este estudo tem como objetivo promover algumas reflexões acerca de impasses alimentares na infância, enquanto recusa. Pretende-se denotar a ligação desses sintomas com a figura materna. O seio materno, assim como os seus substitutos, serve como um meio para que o bebê se alimente. Entretanto, para além do fator biológico da alimentação, estão atreladas questões que não se referem apenas ao saciar da fome. Nesta fase inicial na qual o bebê inaugura o prazer oral, Freud traz o conceito do chuchar. Lacan postula que na fase oral duas demandas se fazem presentes: a de ser alimentado e a de se deixar alimentar. Para tanto, a relação inicial entre mãe e bebê é dual, onde esta, que exerce a função materna, será o primeiro objeto no qual o bebê investirá libido. Porém, posteriormente, será necessária a entrada da função paterna. A entrada do pai, enquanto aquele que encarna a função de significante de Nome-do-Pai, será fundamental para que a criança tenha a possibilidade de sair dessa relação dual com a mãe e assim possa se constituir como sujeito. Mas diante da construção da relação entre mãe e bebê, quando a criança se recusa a se alimentar, o que se pode pensar que poderia sustentar tal recusa? É a partir da consideração de que a alimentação da criança passa de forma fundamental por sua relação com a mãe, que este trabalho pretende elucidar alguns aspectos a respeito de possíveis dificuldades alimentares infantis.
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Como Citar
Pinto, K. da S., & Kuss, A. S. S. (2017). IMPASSES ALIMENTARES INFANTIS: CONSIDERAÇÕES PSICANALÍTICAS. Cadernos Da Escola De Saúde, 17(1), 67-75. Recuperado de https://portaldeperiodicos.unibrasil.com.br/index.php/cadernossaude/article/view/3079
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