ATLAS

O CASTIGO ETERNO COM A FALHA DA RESSOCIALIZAÇÃO DOS PRESOS

  • diana izis coleto reis unibrasil
Palavras-chave: ressocialização; liberdade; educação; dificuldades; falta de recursos; exclusão social

Resumo

ALTAS

A PUNIÇÃO PERPÉTUA DECORRENTE DA INABILIDADE DE REITEGRAÇÃO DOS DETENTOS

   Este estudo aborda as falhas sistêmicas no processo de ressocialização dos reclusos na sociedade brasileira, utilizando a alegoria mitológica de Atlas para ilustrar as complexidades e desafios enfrentados pelo sistema prisional.

   A analogia sublinha os obstáculos presentes, desde as condições intramuros até as dificuldades na reinserção social, evidenciando a falta de recursos e investimentos em programas educacionais e de capacitação no contexto penitenciário, bem como a insuficiência do suporte pós-liberação. A problemática da superlotação e a violência latente nas prisões reforçam a ideia de que os detentos frequentemente se autogovernam por normas próprias, onde a segurança é regida por capital monetário. Aqueles que não possuem recursos para adquirir essa proteção enfrentam perseguições e assédios que muitas vezes transcendem os muros prisionais, dificultando sua reintegração plena à sociedade. Em contraste, alguns indivíduos conseguem uma transição mais suave, retomando suas trajetórias e carreiras.

   A disparidade educacional no Brasil, onde alguns detentos de alta periculosidade possuem diplomas universitários enquanto outros não completaram o ensino médio, reflete a fragilidade do sistema prisional em prover suporte adequado, tanto em termos de saúde mental quanto de educação. Este cenário perpetua preconceitos e exclui os recém-libertados de oportunidades de trabalho e reinserção social, gerando um ciclo de exclusão que frequentemente leva à reincidência criminal.

   Embora a solução para esses problemas não seja simples, especialmente diante das limitações orçamentárias, o estudo sugere que campanhas nos órgãos de emprego podem instar grandes corporações a incorporar ex-detentos em seus quadros. Essa iniciativa, além de proporcionar uma nova oportunidade para aqueles que cumpriram suas penas, também daria vida aos princípios da Constituição Brasileira, promovendo uma ressocialização digna e efetiva. Outras medidas propostas incluem campanhas de conscientização pública, programas educacionais nas escolas para combater o estigma, parcerias com empresas, programas de mentoria, certificação e treinamento profissional, campanhas de mídia positiva e incentivos fiscais para empresas que contratam ex-detentos. A implementação de programas de reabilitação integral que abordem saúde mental, habilidades sociais e resolução de conflitos é essencial para garantir a eficácia desses esforços.

   Em última análise, a lenda de Atlas serve como uma metáfora poderosa para a jornada de ressocialização dos presos, destacando a importância de apoio, oportunidades e mudança de perspectiva para que possam superar seus desafios e se reintegrar com sucesso na sociedade.

 

Palavras-chave: ressocialização; liberdade; educação; dificuldades; falta de recursos; exclusão social.

 

Publicado
2024-10-10

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