AUTOMEDICAÇÃO PRATICADA POR PROFISSIONAIS DA SAÚDE DE CURITIBA QUE ESTÃO NO COMBATE DA COVID-19 AUTOMEDICAÇÃO POR PROFISSIONAIS COMBATENDO COVID-19

Resumo

O artigo tem como objetivo avaliar o padrão de automedicação realizada por profissionais da saúde de UTIs na cidade de Curitiba em hospitais que prestam atendimento a pacientes com Covid-19, identificar os principais grupos terapêuticos utilizados, apontar os principais motivos relacionados, verificar a prevalência entre alguma classe profissional e nível de escolaridade quanto ao hábito da automedicação, apontar a frequência de uso e os locais de aquisição. Foi realizada uma pesquisa com abordagem quantitativa do tipo descritiva com dados obtidos através de uma entrevista por questionário online, elaborado no Google forms, onde os participantes responderam à questões objetivas. Participaram da pesquisa 61 indivíduos que atenderam aos critérios de inclusão. Desse total, 65,57% afirmaram utilizar medicamentos sem prescrição, sendo em sua maioria mulheres casadas, com faixa etária entre 31 a 40 anos. Os fisioterapeutas apresentaram maior representatividade na pesquisa, enquanto os enfermeiros manifestaram proporcionalmente maior utilização de medicamentos sem prescrição. O nível de escolaridade foi maior entre os adeptos à automedicação. Metade dos entrevistados que afirmou utilizar medicamentos sem prescrição, declarou que foi em decorrência da pandemia. Analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares foram os medicamentos mais citados, e a principal causa foi a dor. O principal local de aquisição dos medicamentos foi a farmácia, e 80% dos entrevistados consideram incorreto o hábito da automedicação. Presumimos que o uso de medicamentos isentos de prescrição (MIPs) foram os mais consumidos, portanto, visando o uso racional de medicamentos e a automedicação de maneira responsável, destaca-se a figura do farmacêutico como elemento fundamental nesse processo.