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Abstract
A infância se caracteriza por singularidades próprias de sua fase no desenvolvimento do ser humano. A Logoterapia e Análise Existencial, abordagem criada por Viktor Emil Frankl, vem, nos últimos anos, sendo aprofundada, ampliada e aplicada por seus estudiosos ao contexto da prática clínica com crianças. O objetivo deste estudo foi descrever a visão antropológica logoterapêutica aplicada à infância, os pontos característicos da psicoterapia centrada no sentido e algumas considerações referentes à prática do logoterapeuta infantil. O método utilizado foi a pesquisa bibliográfica exploratória qualitativa. Como resultado, observou-se a importância da compreensão da teoria, especialmente a visão de ser humano como um ser bio-psico-noético, livre e responsável, capaz de se autodistanciar e autotranscender, tende existencialmente a buscar o sentido e que quando não encontra, frustrando sua vontade de sentido, vivencia o que Frankl chama de vazio existencial, surgindo o tédio e a apatia. Tal perspectiva antropológica orienta o olhar para a criança, assim como também para a aplicabilidade da Logoterapia na prática clínica infantil, respeitando as capacidades de cada infante. Destaca-se também a importância da preparação do profissional de psicologia para atender a essa fase de desenvolvimento específica. A Logoterapia Infantil no Brasil tem sua escrita científica recente; entretanto, encontram-se muitos relatos de profissionais reconhecidos na área, desenvolvendo a clínica logoterapêutica para este público há muitos anos. Assim, esta pesquisa observou uma limitação em materiais publicados. Espera-se que tal artigo possa contribuir para o avanço da clínica infantil logoterapêutica, além de instigar maiores reflexões e o desenvolvimento de novos estudos.
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