Avaliação da eficácia e segurança do ácido mandélico no tratamento da acne: uma revisão Ácido mandélico no tratamento da acne

Conteúdo Principal do Artigo

Andressa Cristina Martire
Lais Danciguer Guanaes

Resumo

A acne é a doença de pele mais prevalente e representa uma alteração inestética da pele, que pode deixar cicatrizes e consequências psicológicas. Atualmente o peeling químico é um procedimento estético muito comum no combate à acne. O ácido mandélico (AM) vem sendo empregado nos procedimentos de peeling químico pois possui propriedades antissépticas e antibacterianas. Esse trabalho tem como objetivo revisar a literatura quanto à eficácia e segurança do uso de ácido mandélico no tratamento da acne. Trata-se, portanto, de uma revisão integrativa qualitativa, no qual foi realizada a busca de artigos científicos entre o período de janeiro de 2008 à agosto de 2021, nas bases de dados PubMed, Bireme, SciELO e LILACS. Foram utilizados os descritores Acne Vulgaris, Acne Conglobata, Chloracne, mandelic acids combinados através do operador booleano OR e AND. Como critério de inclusão foram selecionados ensaios clínicos randomizados, publicados em português, inglês e espanhol; abordando a temática eficácia e/ou segurança do ácido mandélico no tratamento da acne. Foram localizados 19 artigos, destes, 8 eram duplicados. Sendo assim, 11 artigos foram triados com leitura exploratória de título e resumo. Destes, cinco artigos foram selecionados para leitura na íntegra e extração dos dados. Foi concluído que o emprego do ácido mandélico em associação com outros ácidos demostrou ser eficaz e seguro no tratamento da acne. Contudo, não se pode concluir que seu uso isolado é eficaz e seguro. Portanto, são necessários mais estudos que demonstrem a eficácia e segurança do uso isolado do ácido mandélico no tratamento da acne.

Detalhes do Artigo

Como Citar
Cristina Martire, A., & Danciguer Guanaes, L. (2022). Avaliação da eficácia e segurança do ácido mandélico no tratamento da acne: uma revisão: Ácido mandélico no tratamento da acne. Cadernos Da Escola De Saúde, 21(1). https://doi.org/10.25192/issn.1984-7041.v21i16353
Seção
Revisão

Referências

1. Tan JK, Bhate K. A global perspective on the epidemiology of acne. Br J Dermatol. 2015;172(Suppl 1):3–12.
2. Neves CR, Dias CAA, Garcia JT, Dias SAD. A vivência da acne e as suas consequências psicológicas. Brazilian Journal of Health Review, 2021; 4(1): 1266-94.
3. SBD. Sociedade Brasileira de Dermatologia. Acne. SBD, 2017.
4. Salles FA, Jalil, SMA. Cosmetologia: Benefício do ácido salicílico na acne de I grau. Rev. Conexão Eletrônica. 2018; 15(1): 662-75.
5. Cunha BLS, Ferreira LA. Peeling de ácido salicílico no tratamento da acne: Revisão baseada em evidencias clinicas. Id on line Ver. Mult. Psic. 2018; 12(42): 383-98.
6. Arif T O. Ácido salicílico como agente de peeling: uma revisão abrangente. Dermatologia clínica, cosmética e investigacional. 2015; 8:455-61.
7. Nolasco IMM, Resende JR. Uso do ácido mandélico no tratamento de hipercromias pós-inflamatória: uma revisão de literatura. Scire Solutis. 2020;10(2):35-42.
8. Yokomizo VMF, Benemond TMH, Chisaki C, Benemond PH. Pelling químicos: revisão e aplicação prática. Surg Cosmet Dermatol 2013; 5(1): 58-68.
9. Souza MT, Silva MD, Carvalho R. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein, 2010; 8 (1):102-6
10. Moher D, Liberati A, Tetzlaff J, Altman DG. The PRISMA Group, Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses: The PRISMA Statement. PLoS Med. 2019; 6(7): e1000097
11. Dayal S, Kalra KD, Sahu P. Comparative study of efficacy and safety of 45% mandelic acid versus 30% salicylic acid peels in mild-to-moderate acne vulgaris. J Cosmet Dermatol. 2020;19(2):393-9.
12. Sarkar R, Ghunawat S, Garg VK. Comparative Study of 35% Glycolic Acid, 20% Salicylic-10% Mandelic Acid, and Phytic Acid Combination Peels in the Treatment of Active Acne and Postacne Pigmentation. J Cutan Aesthet Surg. 2019; 12(3):158-163.
13. Garofalo V, Cannizzaro MV, Mazzilli S, Bianchi L, Campione E. Clinical evidence on the efficacy and tolerability of a topical medical device containing benzoylperoxide 4%, retinol 0.5%, mandelic acid 1% and lactobionic acid 1% in the treatment of mild facial acne: an open label pilot study. Clin Cosmet Investig Dermatol. 2019; 15912):363-9.
14. Nofal E, Nofal A, Gharib K, Nasr M. Abdelshafy A, Elsaid E. Combination chemical peels are more effective than single chemical peel in treatment of mild-to-moderate acne vulgaris: A split face comparative clinical trial. J Cosmet Dermatol. 2018; 17(5):802-10.
15. Garg VK, Sinha S, Sarkar R. Glycolic acid peels versus salicylic-mandelic acid peels in active acne vulgaris and post-acne scarring and hyperpigmentation: a camparative study. Dermatol Surg. 2009; 35(1):59-65.
16. Federman DG, Kirsner RS. Acne vulgaris: pathogenesis and therapeutic approach. Am J Manag Care. 2000; 6(1):78-87.
17. Kontochristopoulos G, Platsidaki E. Chemical peels in active acne and acne scars. Clin Dermatol. 2017; 35(2):179-182.
18. Jartarkar, SR, Gangadhar B, Manjunath P. Um estudo randomizado, simples-cego, ativo controlado para comparar a eficácia do ácido salicílico e do peeling de ácido mandélico no tratamento da acne vulgaris leve a moderadamente grave. Clin Dermatol Rev. 2017; 1:15-8.