Comparativo entre Evidências Científicas sobre Treinamento Vocal e Aplicação Clínica em Paciente com fenda glótica do tipo fusiforme

Resumo

Resumo

Este estudo apresenta um comparativo entre evidências científicas e aplicação clínica em um caso de fenda glótica do tipo fusiforme, condição que afeta diretamente a qualidade vocal e a segurança da deglutição. Tem como objetivo analisar e comparar os resultados obtidos em um protocolo clínico de fonoterapia aplicado a um paciente com fenda glótica do tipo fusiforme, relacionando-os às evidências disponíveis em revisão sistemática sobre treinamento vocal. Justifica-se pela relevância de aproximar a prática clínica da literatura científica, especialmente em casos de disfonia e disfagia decorrentes de alterações laríngeas não orgânicas. A fenda fusiforme compromete diretamente a comunicação e a qualidade de vida, tornando essencial o desenvolvimento de intervenções terapêuticas eficazes e fundamentadas em evidências. Ao estabelecer esse comparativo, o trabalho contribui para o aprimoramento dos protocolos clínicos e para a valorização da atuação fonoaudiológica baseada em ciência. O paciente analisado possuía histórico de lesão em prega vocal esquerda, com rouquidão persistente e disfagia, comprometendo sua comunicação e alimentação. A fundamentação teórica baseia-se na revisão sistemática de Zhang et al. (2025), que demonstra a eficácia do treinamento vocal na reabilitação de alterações funcionais da voz, destacando exercícios de adução glótica, trato vocal semiocluído e coordenação pneumofonoarticulatória como estratégias eficazes para o fechamento glótico e melhora da qualidade vocal. A intervenção prática foi realizada na clínica-escola do UniBrasil, envolvendo cinco sessões terapêuticas com avaliação vocal e deglutitória, exercícios respiratórios, técnicas proprioceptivas e manobras vocais específicas. Foram aplicados protocolos como MBGR, PARD, GRBASI, TMF e VHI, permitindo mensuração objetiva da evolução clínica. Os resultados indicaram melhora significativa no tempo máximo de fonação, redução do índice s/z e impacto positivo na qualidade de vida, evidenciando convergência entre prática clínica e literatura científica. Conclui-se que a fonoterapia baseada em evidências é eficaz na reabilitação vocal e deglutitória em casos de fenda glótica fusiforme, promovendo benefícios funcionais e emocionais ao paciente. O estudo reforça a importância da integração entre ciência e prática clínica, contribuindo para o aprimoramento de protocolos terapêuticos e valorização do papel do fonoaudiólogo na reabilitação vocal.